Marchinhas, bailes e bloquinhos: lembre como era o Carnaval nos anos 50 e 60
Marchinhas, bailes e bloquinhos: lembre como era o Carnaval nos anos 50 e 60
A festa amada pelos brasileiros mudou durante o tempo, mas continua sendo, como antes, a melhor ocasião para juntar amigos e comemorar
Uma das festas mais antigas que o Brasil tem como tradição, o Carnaval já tem mostrado suas caras pelas ruas do país. Enquanto vemos bloquinhos se organizando nas ruas e as escolas de samba nos últimos treinos, a animação já toma conta dos brasileiros que contam os dias até o feriado.
Esse estado de êxtase também era comum entre jovens e adultos nas décadas de 50 e 60, quando se juntavam para ir nos famosos bailes de carnaval nos clubes ou ir às ruas nos blocos de carnaval. De acordo com a jornalista Thalita Gallucci, autora do livro Pra tudo se acabar em carnaval, os blocos chegaram a percorrer 20 quilômetros nas ruas e os clubes abrigavam centenas de pessoas.
Nos bailes, os participantes escolhiam uma máscara e vestiam roupas de festa, mas sem extravagância. Havia também grupos de amigos que encomendavam roupas iguais para “brincar o carnaval”, como chamavam à época. Hits de samba raiz agitavam a festa, além da variação romântica, que era um dos momentos mais esperados da festa: dançar lentamente com um par que gostou.
Nas ruas, era comum pular o Carnaval com roupas cotidianas, mas sempre com um adereço que remetia à festa: máscara, chápeus ou calçados diferentes. A partir de 54 as fantasias começaram a aparecer, como palhaços, homens vestidos de mulheres, reis e rainhas. Os hits da época, além das marchinhas, eram Canção de amor, de Elano de Paula e Chocolate, A noite do meu bem, de Dolores Duran, Chega de saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e O barquinho, de Roberto Menescal.
Os enredos cantados nas escolas de samba, que já estavam em todo vapor na década de 60, também começaram a ser tocados nos bailes. Os blocos destas escolas eram, de acordo com o historiador e colunista Itacyr Giacomello, fortes, com pessoas fantasiadas e roupas leves.
De lá para cá, a festa mudou muito, mas, para a jornalista Thalita Gallucci, a essência é a mesma: ser uma festa do povo, uma manifestação espontânea. O Carnaval nunca vai acabar, ele vai se transformando. Essa festa é nossa marca, nossa identidade, finaliza.
Fontes: G1, Jornal Semanario